Recordo-me de uma experiência que vivi quando lecionava para crianças de 4 anos num colégio particular. Estabelecíamos um ritual de chegada o qual cada criança pegava uma tira de papel com seu nome escrito em letras de forma maiúsculas (chamávamos de crachá).
Era muito comum o aluno CAIO chegar e pegar o “crachá” da aluna CATARINA, não se conformando quando mostrávamos que seu crachá era o outro.
Um dia perguntei a ele:
- Porque você sempre pega o crachá da Catarina?
E ele me respondeu, com toda convicção:
- Porque sou maior que ela, então o meu crachá tem que ser maior que o dela!
Achei super interessante a relação que ele fez, demonstrando-se inconformado em ser um menino tão grande com uma crachá tão pequeno, enquanto a Catarina, uma das menores alunas da sala, tinha um crachá maior que o seu!